terça-feira, 30 de setembro de 2008

Táxi Company do Brasil - Institucional



A Táxi Company do Brasil oferece serviços de transporte em táxis desde 1991. Em 2003 lançou seus serviços via web, para sua maior comodidade. Nossa missão é oferecer serviços de qualidade plena com preços acessíveis a todos os bolsos.

Quando você escolhe nossa companhia de táxi no Nordeste você está adquirindo conforto e segurança para sua viagem e fortalecendo o profissionalismo e a qualidade que você, sua família, ou seus funcionários merecem.

Sempre que vier ao Nordeste do Brasil, faça a escolha certa. Suas corridas, passeios, viagens ou traslados serão sempre valorizados pela Táxi Company, pois sua presença é muito importante para nós.

Seja Bem Vindo(a).

domingo, 7 de setembro de 2008

Conversa de taxista no ponto de táxi


Normalmente o taxista quando não está contando dinheiro ou falando da vida alheia, está jogando palavras ao vento. Tipo histórias de pescador. As corridas que ele faz, ou fez, são sempre as melhores. Poucas são as conversas que acrescentam algo à cultura geral, em um ponto de táxi.

Por Luiz Correia – 07/09/2008

Mas, nem tudo está perdido. Como numa pescaria de verdade, às vezes se consegue pescar um “peixe” razoável e levá-lo ao caldeirão de idéias e sair uma apetitosa discussão não tão menos acadêmica quanto os discursos de Lula, nosso digníssimo presidente. (Saiba que ele é casado com uma viúva de taxista)

Vamos aos fatos, quero dizer, ao assunto que gerou esse rico artigo. Isso mesmo, rico porque fala da escassez sob uma ótica modernista, a inovação.

Até para se pedir esmolas nos dias atuais, é necessário graça, talento, charme. Talvez até, aptidão. Existem inúmeras formas de conseguir subtrair alguns trocados dos outros com o fim de aumentar a renda pessoal, sem o risco de ser taxado pelo “velho leão”.

Nos semáforos e calçadas

Muitos atendem os pedintes com cara de sofredores, apenas para evitar o constrangimento de ver aqueles rostos colados nos vidros de seus carros.

Os cegos mudam o texto de suas placas com frases mais ternas na tentativa de sensibilizar o caridoso. “NÃO POSSO VER O BRILHO DE SEUS OLHOS” diz a nova placa que substitui à “SOU CEGO! DÁ UMA ESMOLA PELO AMOR DE DEUS”.

Nas mídias

Grandes emissoras criam programas espetaculares de arrecadação de fundos, que nunca chegam ao fundo do poço da esperança. Lembro-me de certa vez ter passado numa comunidade carente, no interior de Pernambuco, e ouvir uma criança dizer “tô esperando a grobo chegar...”.

Na internet, não é brincadeira, existem anúncios pedindo doações, via depósito em conta corrente, com a finalidade nada simplória de tornar rico, o mendigo internauta. Por razões óbvias, não será colado o link desse “sofredor”.

Programas de Governo

Fome Zero. Tão infeliz quanto o título, é o resultado de uma grande campanha de mendicância instituída pelo governo atual no início da primeira gestão.

O mundo inteiro cresceu do ponto de vista econômico, e o Brasil não acompanhou a onda desse crescimento mundial ficando no rabo da fila, com suas bolsas assistencialistas na mão. As conseqüências são facilmente observadas, até os cegos citados acima podem ver.

A grande piada

Um caso recente contado por um cliente dentro de um táxi mostra como a inovação se faz presente até aos menos instruídos.

Esse cidadão costumava fazer sempre o mesmo caminho pela manhã, ao ir para o trabalho. No sinal vermelho surgiu então um pedinte rogando uma esmola pra comprar uma rede. Ele – o cliente – como bom cristão, ofertou um dinheiro àquele desfavorecido. Homem de meia idade e sem muitas perspectivas de sucesso na vida.

Aconteceram uma, duas, três, quatro vezes, em dias seguidos e ele sempre dando sua contribuição. No quinto dia o cliente, preocupado com o destino de suas doações, resolveu perguntar:

- Ô meu amigo, que rede cara é essa que o senhor quer comprar? – O mendigo logo respondeu:

- É a Rede Recordis. Uma dos punhos fortes - coçando a cabeça - que ouvi falar lá na igreja.

Fato curioso

Enquanto preparava esse texto, recebi um e-mail de um grande amigo em São Paulo, sobre uma estudante brasileira ganhadora de um prêmio em um concurso de redação da Unesco. O tema da redação: “Como vencer a pobreza e a desigualdade”. Leia abaixo, vale a pena.

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Assunto: [Brasil Maçom] REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

Por Clarice Zeitel Vianna Silva

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ
'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil. A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro PACote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição! É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem! A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos... Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade' .

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

Recebida por e-mail em 06/09/2008